Amo a crítica,
amo os faladores.
Os que cutucam a ferida,
os chatos de galocha.
Só haverá inquietação
com perturbação.
Não gosto do silêncio,
dos lagos serenos.
Revolvam a minha lírica,
joguem pedras,
façam ondas,
façam marés.
Não gosto de passar em branco,
sem riso, sem choro, sem xingo.
O poema que não causa nada,
é o fracasso maior, nem chegou a ser.
Amo a crítica,
mas amo mais a lágrima
de comoção que quebra qualquer
movimento de negação pra cima de moi.
- Caio Augusto Leite
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