quinta-feira, 10 de maio de 2012

Tulipa


Aquela flor amarela estava ali há anos
e mesmo assim não garantia vida.
Foi quando mamãe ganhou uma tulipa
que deixou a casa perfumada e colorida.

A flor amarela era barata, plástica e sem emoção.
A tulipa era feliz, ainda sorria.
Mas o tempo foi passando e a flor foi caducando:
murchava, chorava, entristecia.

A tulipa morreu aqui, pra brotar na eternidade.
Pela janela aberta entrou a fria brisa
e naquele vaso antigo a outra flor sorria,
sem sentimento, sem coração. Sorriso Monalisa.

- Caio Augusto Leite

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