quinta-feira, 10 de maio de 2012

Nas asas da codorna


A catarse contorna as asas da codorna.
No corpo da mini-ave todas as explicações
sobre a vida que se perdeu em algum
momento da nossa evolução.

Um dia, antes de Dumont,
sabíamos voar.
Hoje sou codorna em cativeiro,
só Drummond pode ajudar.

Nos grandes sonhos,
nas máximas inspirações.
Eu voo pelas árvores da sintaxe
e pelas adversativas conjunções.

Tudo vive no reino das palavras,
já que a vida não mais suporta.
Espio de longe o voo livre
da catarse pelas asas da codorna.

- Caio Augusto Leite

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