sexta-feira, 4 de maio de 2012

Apocalipse por dentro



Asas de borboleta
e folhas de outono
passam pelo meus olhos,
a tétrica imagem da morte.


Bicos de pomba,
latidos de cachorro
viajam no espaço
da destruição.


Parece o fim do mundo,
vento devastando telhas,
águas bravias, chuvas tolhem vidas.


Nesses dias de amargura, 
a idílica paisagem voa 
num espasmo de ilusão.


- Mais um verso, evito o soneto.


- Caio Augusto Leite

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