Mostre-me o poema,
dispa os teus versos
da gaveta que os ampara.
Não amarre os versos
que insistem na libertação
de voar, de voar, voar!
Voe, veja, vibre:
versos gostam de coragem
e espaço pra cantar.
O poema que emudece
se transforma em pedra,
em podre maçã, em cal.
Não há dilema, não há receita,
apenas cale o medo
e cante o teu poema.
Que poema pode não ser,
mas vai que é.
Mas poema jamais será
se você não o disser.
- Caio Augusto Leite
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