sábado, 30 de junho de 2012

Na roda sou turista


Música, te respeito.
Te respiro,
me inspiro,
mas o que lanço
não é mais do que um gemido.

Canção não faço,
e preso no poema de papel
fico frustrado.

Meu violão é de concreto
meu piano congelado,
minha melodia, som diáfano.

Notas, como atingi-las?
Talvez não possa
e a inveja come-come meus versinhos
que ouvem caladinhos o violão do mestre Rosa.

- Caio Augusto Leite

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