E é por saber tão pouco
que sou tão livre
e tão aberto ao futuro
que me estende a mão.
Não há correntes me prendendo
ao muro das antigas convicções.
Não há vestimentas que me destaquem
no meio dos cristãos.
E eu estou aqui para ouvir,
às vezes de trás da porta,
mas procurando não ser
o juiz do tribunal.
Se é preciso escolher
entre o azul
e o vermelho,
eu me pinto de dourado.
Se há discussões
entre a noite e o dia
eu me cubro de madrugada
e viro boêmia.
E é por saber tão pouco
que o poema não acha
a ponta do círculo
e mantem-se na proposta...
é por saber tão pouco, que tudo que digo tem a possibilidade infinita de uma linha reta...
- Caio Augusto Leite
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