E aquela antiga blusa desfiando,
desafiando o tempo, mas também morrendo.
Não sei qual durará mais, ela ou eu.
Se for eu, que tristeza será.
Uma igual, outra mão
não pode costurar e sozinho no frio
o eu se perderá.
Mas se for ela, façam um favor:
me enterrem com ela,
me cremem com ela,
só me deixem com ela,
é que sem ela não sou mais eu.
- Minha alma é ela,
minha alma em uma blusa velha.
- Caio Augusto Leite
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