sábado, 30 de junho de 2012

Tarde de junho


Te juro, tarde de junho,
que o vento frio soprando
não é nada quando caminho
lado a lado com o meu grande carinho.

Quando abro a janela e vejo o verde
verdejando sob a luz do falso sol de inverno,
quando os pássaros passam cantando
saudosos de primavera, eu te ignoro tarde de junho.

Encontro o amor sempre num repente,
dentro daqueles olhos onde me reconheço.
É sempre o amor de novo,
sempre um amor novo pela tarde de junho.

E o nosso adeus é vacilante,
há risco no abraço, há medo no beijo.
Amor em segredo. Sagrado? Não sei.

E amanhã já é julho, fico na dúvida
se vai durar o sentimento
que juntou vento de maio com a manhã de setembro.

Se eu pudesse parava o mundo,
que fique o amor quente
como se fosses tu pra sempre
tarde de junho...

- Caio Augusto Leite

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