sábado, 23 de junho de 2012
Só se morre de vida
Não há espanto e nem susto,
morrer é a gente sendo a gente.
Sendo mais que isso,
morrendo alcanço a plena
natureza do ser, de todos os seres.
E a imortalidade que sonhei,
se transforma em nada,
como todos os outros
devaneios que a vida traz.
Certezas que temos
mas não queremos.
Temer a morte
e suprimir a vida.
Folhas secas sob o chão,
são mortes.
Rosas que lhe dou,
são mortes.
Carne que como,
suco que bebo,
saudade que tenho
também são mortes.
E nenhuma tem importância,
a única que terá,
que é a minha,
não será por mim sentida.
- Caio Augusto Leite
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