terça-feira, 12 de junho de 2012

Crossing-over


Vim do norte, do sul,
do vento da morte.
Do canto do índio,
Pirama, sou forte.

Vim dos povos fugidos
que em terras distantes,
um oceano de margem,
acharam abrigo.

Vim do Tejo louvado,
de vermelhas touradas.
Da Europa sem roupa
que da Hungria saía.

O Flor do Rio
com a Carmim Paulistana,
O dia na noite,
aurora criança.

De quiasma em quiasma,
língua por língua,
o daqui com o de lá.

Da corda da vida
e do laço da terra
o amor me criou.

- Caio Augusto Leite

Um comentário: